A professora lê um excerto da obra “Há Fogo na Floresta”, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, capítulo 5 –“ FOGO! “, integrada na rubrica Cinco Minutos de Leitura·
Titulo do livro” HÁ FOGO NA FLORESTA”
Capítulo 5 FOGO !
Os habitantes da floresta fugiam como podiam, uns a voar, outros a rastejar, ou a correr, ou a saltar, em busca de um lugar seguro.
Os sobreviventes acabaram por se juntar na margem de um riacho onde havia poucas plantas e o chão estava húmido. Alguns traziam o pêlo chamuscado ou vinham feridos. E todos se entreolhavam com ar alucinado.
_ Que vai ser de mim?! _ chorava a toupeira. _ Fiquei sem casa e já não me sinto com forças para escavar outra!
O ouriço, com os picos bastante enfarruscados, tentou consolá-la. Para a mãe coelha é que não havia consolo possível. Tinha os filhotes encostados a ela e tremiam os quatro da cabeça aos pés. Acarinhava-os, mas não parava de chorar e de dizer em voz baixa:
_ A minha Remexida…
Por isso, no meio de tanta tristeza, houve uma alegria. O pai coelho apareceu e trazia com ele a Remexida!
Como foi, como não foi, já ninguém sabia explicar. Houve abraços, beijos e lágrimas, muitas lágrimas.
Passaram a noite ali, à beira do riacho, sem saber o que o dia seguinte lhes reservava. Quando amanheceu, verificaram que a floresta desaparecera. No lugar onde antes cresciam as árvores mais lindas, os arbustos mais cheirosos, as flores mais coloridas, só se via agora uma espécie de manto preto, com troncos retorcidos que ainda fumegavam. Uma tristeza profunda pesava em todos os corações, por isso não falavam. Só se tornou a ouvir uma voz quando chegou o pica-pau. Escapara por pouco. Tinha algumas penas crestadas. Sentia-se também muito infeliz, mas não quisera ir em busca de outra floresta sem dizer adeus aos amigos.
_ Não tencionas voltar? _ perguntou-lhe a Remexida.
_ Para aqui, não. As árvores demoram anos e anos a crescer. Vai passar muito tempo até este campo voltar a ser o que era.
_ Então nunca mais nos vemos?
_ Talvez vocês possam vir ter comigo aonde eu estiver _ disse o pica-pau.
_ E onde é?
_ Não sei. Mas logo que me instale, prometo que mando notícias!
Levantou voo, acenou com a ponta das asas e partiu.
Os que estavam na margem do riacho chegaram-se uns aos outros e ficaram a vê-lo ir, cheios de esperança de que ele encontrasse mesmo outra floresta onde se pudessem juntar.
Capítulo 5 FOGO !
Os habitantes da floresta fugiam como podiam, uns a voar, outros a rastejar, ou a correr, ou a saltar, em busca de um lugar seguro.
Os sobreviventes acabaram por se juntar na margem de um riacho onde havia poucas plantas e o chão estava húmido. Alguns traziam o pêlo chamuscado ou vinham feridos. E todos se entreolhavam com ar alucinado.
_ Que vai ser de mim?! _ chorava a toupeira. _ Fiquei sem casa e já não me sinto com forças para escavar outra!
O ouriço, com os picos bastante enfarruscados, tentou consolá-la. Para a mãe coelha é que não havia consolo possível. Tinha os filhotes encostados a ela e tremiam os quatro da cabeça aos pés. Acarinhava-os, mas não parava de chorar e de dizer em voz baixa:
_ A minha Remexida…
Por isso, no meio de tanta tristeza, houve uma alegria. O pai coelho apareceu e trazia com ele a Remexida!
Como foi, como não foi, já ninguém sabia explicar. Houve abraços, beijos e lágrimas, muitas lágrimas.
Passaram a noite ali, à beira do riacho, sem saber o que o dia seguinte lhes reservava. Quando amanheceu, verificaram que a floresta desaparecera. No lugar onde antes cresciam as árvores mais lindas, os arbustos mais cheirosos, as flores mais coloridas, só se via agora uma espécie de manto preto, com troncos retorcidos que ainda fumegavam. Uma tristeza profunda pesava em todos os corações, por isso não falavam. Só se tornou a ouvir uma voz quando chegou o pica-pau. Escapara por pouco. Tinha algumas penas crestadas. Sentia-se também muito infeliz, mas não quisera ir em busca de outra floresta sem dizer adeus aos amigos.
_ Não tencionas voltar? _ perguntou-lhe a Remexida.
_ Para aqui, não. As árvores demoram anos e anos a crescer. Vai passar muito tempo até este campo voltar a ser o que era.
_ Então nunca mais nos vemos?
_ Talvez vocês possam vir ter comigo aonde eu estiver _ disse o pica-pau.
_ E onde é?
_ Não sei. Mas logo que me instale, prometo que mando notícias!
Levantou voo, acenou com a ponta das asas e partiu.
Os que estavam na margem do riacho chegaram-se uns aos outros e ficaram a vê-lo ir, cheios de esperança de que ele encontrasse mesmo outra floresta onde se pudessem juntar.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Há Fogo Na Floresta
Há Fogo Na Floresta
Depois da referida leitura, segue-se uma pequena interacção verbal sobre as personagens principais da história, no intuito de conduzir os alunos à descoberta de alguns nomes e das referidas qualidades que estão subjacentes no texto, conduzindo os alunos a escolherem a Árvore Grande, O Pica-pau e o Coelho como algumas das personagens.
· No quadro, a professora afixa a imagem da Árvore Grande, do Pica - Pau e do Coelho.
· No quadro, a professora afixa a imagem da Árvore Grande, do Pica - Pau e do Coelho.
· Distribui por cada aluno setas com adjectivos e cada um tem de descobrir a que nome corresponde cada adjectivo e vai ao quadro afixá-lo junto do cartaz com o nome correspondente.
· A professora exemplifica e dá algum tempo para que os alunos façam essa descoberta, tendo em conta as características dos nomes, de acordo com a história.
· No fim desta actividade, os alunos descobrem outros adjectivos para os mesmos nomes (Árvore Grande, Pica-Pau e Coelho) e escrevem-nos, no quadro, junto da imagem correspondente.Há um espaço para diálogo, a fim de consciencializar os alunos para a necessidade da aplicação dos adjectivos na escrita de textos, levando-os a concluir que enriquecem.
Identificação de adjectivos no texto
· A professora distribui pelos alunos uma ficha com o texto que leu, mas com lacunas e explica que têm que o completar com as palavras que estão dentro de uma tabela, pois estas saltaram do texto e por isso têm de descobrir qual é o seu lugar.
· É dado outro texto na íntegra, e faz-se o confronto entre os dois, para verificarem se tinham preenchido as lacunas com a palavra correcta.
· Os alunos concluem que estas palavras são adjectivos, porque dão qualidades aos nomes, e que os mesmos se escrevem sempre junto dos mesmos.
· Continuam a resolução de alguns exercícios da ficha previamente elaborada, com aplicação de outros adjectivos, de acordo com a história lida.
· Agora, os alunos vão construir algumas frases, aplicando esses adjectivos.
· Finalmente, elaboraram um jogo de palavras “PALAVRA PUXA PALAVRA”, cujo resultado final será um texto em que sejam aplicados alguns dos adjectivos trabalhados.
· A professora distribui pelos alunos uma ficha com o texto que leu, mas com lacunas e explica que têm que o completar com as palavras que estão dentro de uma tabela, pois estas saltaram do texto e por isso têm de descobrir qual é o seu lugar.
· É dado outro texto na íntegra, e faz-se o confronto entre os dois, para verificarem se tinham preenchido as lacunas com a palavra correcta.
· Os alunos concluem que estas palavras são adjectivos, porque dão qualidades aos nomes, e que os mesmos se escrevem sempre junto dos mesmos.
· Continuam a resolução de alguns exercícios da ficha previamente elaborada, com aplicação de outros adjectivos, de acordo com a história lida.
· Agora, os alunos vão construir algumas frases, aplicando esses adjectivos.
· Finalmente, elaboraram um jogo de palavras “PALAVRA PUXA PALAVRA”, cujo resultado final será um texto em que sejam aplicados alguns dos adjectivos trabalhados.
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